Livros e papéis antigos que ajudam a contar a história do escritor
Com menos ruído nas ruas, os sons ganham outro lugar. Conseguimos distinguir pássaros, vento, sinos, o eléctrico na Calçada. As árvores nos quintais dos vizinhos, as conversas no pátio das traseiras. Se toca a campainha ou o telefone no apartamento do lado, ou o rádio. Pelo menos nos momentos em que na nossa casa há espaço para isso, chegam aos nossos ouvidos esses sinais de vida livre.
Em Novembro de 2019, a UNESCO declarou 5 de Maio o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Na Casa Fernando Pessoa fomos ouvir quem escolheu o português para trabalhar literariamente, tendo como maternas outras línguas.
Há muita gente que nos faz chegar a literatura à estante: é com editores e livreiros que estamos este ano no Dia Mundial do Livro
De segunda a sexta, a partir das 16h, a equipa da Casa Fernando Pessoa lê poemas ao ouvido de quem não está ligado às redes.
Quando anunciámos o programa para o Dia Mundial da Poesia deste ano dissemos que tínhamos escolhido “poemas que ficam no ouvido”, poemas que podemos oferecer como uma prenda. Foi uma maneira de dizer que escolhemos poemas que entram bem no nosso ânimo. Entram e deixam-se ficar a fazer efeito: espantam, alegram, comovem, despertam memórias e associações de ideias, fazem rir ou deixam um nó na garganta.
A Feira do Livro de Poesia vai ser adiada para outros dias em que possamos livremente manusear livros e ler poemas em grupo. O Jardim da Parada voltará a ser ponto de encontro para leitores e editores de poesia.
Partilhamos informação da Câmara Municipal de Lisboa sobre medidas temporárias decorrentes do Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença por novo Coronavírus.
Qual é o poema que sabe de cor? Aprendido na escola, letra de canção, o soneto preferido, uma quadra, o início de Os Lusíadas? “O poeta é um fingidor” de Pessoa ou “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio” de Reis? Caeiro com “Sou um guardador de rebanhos” ou “Todas as cartas de amor são ridículas” de Campos?
A Junta de Freguesia de Campo de Ourique e a Casa Fernando Pessoa voltam a organizar a Feira do Livro de Poesia no Jardim da Parada.