Fernando Pessoa
Em vida publicou cinco livros. Apenas um é em português e os restantes são opúsculos (pequenos livros) de poemas:
Mensagem
1934
35 Sonnets
1918
Antinous
1918
English Poems, I-II
1921
English Poems, III
1921
Todos estes livros foram publicados em nome próprio, apesar de Pessoa ter criado os célebres heterónimos que marcam a sua produção literária: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, apresentados nas revistas Orpheu (1915) e Athena (1924 e 1925).
Ortónimo é termo que usado para referir a autoria dos poemas, textos, obras publicadas e assinadas por Fernando Pessoa. Foi o próprio quem o explicou assim na tábua bibliográfica publicada no número 17 da revista Presença, em 1928.
O que Fernando Pessoa escreve pertence a duas categorias de obras, a que poderemos chamar ortónimas e heterónimas. Não se poderá dizer que são anónimas e pseudónimas, porque deveras o não são. A obra pseudónima é do autor em sua pessoa, salvo no nome que assina; a heterónima é do autor fora de sua pessoa, é de uma individualidade completa fabricada por ele, como seriam os dizeres de qualquer personagem de qualquer drama seu.
Além destes três heterónimos, Fernando Pessoa reconhece ainda um semi-heterónimo, Bernardo Soares que não tendo uma voz indistinta sua, aparece sempre que está «cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição».