Em 2025, olhamos para o que veio depois de Pessoa
Há 90 anos que Fernando Pessoa se faz ouvir através de leitores, editores, escritores, tradutores e artistas de outras artes.
Em 1935, no fim de novembro, sem que ninguém esperasse, com apenas 47 anos, Fernando Pessoa morre, deixando uma arca cheia de textos inéditos e uma mão cheia de listas de projetos.
Em 2025, daremos especial atenção à posteridade de Pessoa nestas nove décadas. A atividade do museu que lhe é dedicado, diariamente visitado por estudantes e pessoas de diferentes partes do mundo, mantém Pessoa vivo – na relação com escolas, universidades, sociedade civil, bibliotecas, museus congéneres, livreiros e editores. Na relação com poetas, escritores e investigadores de hoje, que vieram depois de Pessoa, por causa de Pessoa ou apesar de Pessoa.
Em fevereiro, o Congresso Internacional Fernando Pessoa regressa à Fundação Calouste Gulbenkian. Acontece de 4 em 4 anos e começou a ser feito pela Casa Fernando Pessoa em 2008. Na edição de 2025 participam 36 investigadores de Espanha, Itália, Brasil, Estados Unidos, Colômbia e Portugal.
Março é o mês de a poesia sair à rua para a Feira do Livro de Poesia, que reúne as principais editoras de poesia e motiva a programação de sessões de leituras, oficinas e lançamentos.
O dia 21 de março, Dia Mundial da Poesia, traz Ana Lua Caiano ao palco da Casa Fernando Pessoa para um concerto intimista.
Teresa Lima, professora de voz, vai voltar à Casa Fernando Pessoa para fazer uma nova edição do workshop Leitura de Poesia em Voz Alta, para adultos. Para crianças, a oficina da Primavera vai ser sobre o poder dos slogans e das palavras de ordem que nos ficam na cabeça.
O Dia Mundial do Livro, em abril, vai ser passado na companhia das escritoras que participam na Ciranda: Mulheres de Línguas, uma sessão inspirada no formato da slam poetry em que serão feitas leituras de textos de mulheres autoras que nos deixaram legados impressionantes.
Esperamos por si neste Ano Novo.